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Vamos embarcar em uma aventura pelos sabores do maxixe-do-reino, uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC) cheia de história e sabor!
Conhecido também como chuchu-de-vento, maxixe-fofo, maxixe-peruano, boga-boga e caihua, esse tesouro da família Cucurbitaceae é nativo das regiões andinas da América tropical.
Prepare-se para explorar suas origens, cultivo, usos culinários e até descobrir uma receita deliciosa para surpreender a família e amigos.
A Origem do Maxixe-do-Reino
Originário das terras baixas dos Andes, o maxixe-do-reino conquistou corações e paladares nas regiões tropicais da Amazônia e do semiárido da Bahia e Minas Gerais.
Esta hortaliça trepadeira e anual é uma verdadeira joia da biodiversidade, com ramos ocos que podem alcançar vários metros de comprimento e folhas pecioladas e dentadas que dão um charme especial às plantações.
Características da Planta
O maxixe-do-reino produz flores brancas e monoicas, com as femininas solitárias e as masculinas em pequenos cachos pedunculares.
Seus frutos são lisos, tipo baga, e podem chegar a 15 cm de comprimento. A polpa é suculenta e os frutos são ocos no centro, onde se encontram de 10 a 15 sementes.
Mesmo com sua origem exótica, essa planta encontrou um lar nas regiões tropicais e semiáridas do Brasil.
Cultivo: Preparando o Terreno para a Aventura
Cultivar o maxixe-do-reino é como preparar uma expedição! O plantio é feito por sementes, utilizando-se de 2 a 3 sementes por cova, com espaçamento de 3 m a 5 m x 3 m a 2 m.
A planta se desenvolve melhor em solos leves, bem drenados e ricos em matéria orgânica. O tutoramento do tipo espaldeira ou parreira é essencial para garantir que a planta cresça saudável e forte.
Quando Plantar?
O momento ideal para o plantio é no início do período chuvoso, de setembro a janeiro, variando conforme a região.
Durante o cultivo, é importante realizar capinas, irrigações e adubações de cobertura sempre que necessário, especialmente com nitrogênio, potássio e matéria orgânica.
Colheita: O Momento da Recompensa
A colheita dos frutos acontece quando atingem pelo menos 10 cm, geralmente a partir de 150 a 180 dias após o plantio.
A produção pode se estender por até 6 meses, com uma média de 200 frutos por planta ou 15 a 20 toneladas por hectare.
É uma verdadeira recompensa para quem se aventura no cultivo dessa planta incrível.
Conservação e Usos Culinários: Explorando Sabores
Os frutos do maxixe-do-reino possuem apreciáveis teores de minerais e um sabor que lembra uma mistura de pepino, maxixe e pimentão, às vezes com um toque levemente amargo.
Os frutos jovens podem ser consumidos crus em saladas ou utilizados em conservas. Quando mais maduros, são perfeitos para serem cozidos, refogados ou recheados com arroz, carne ou proteína de soja.
Receita: Maxixe-do-Reino Recheado com Carne Moída
Para os aventureiros da cozinha, aqui vai uma receita deliciosa e prática!
Ingredientes:
- 6 frutos de tamanho médio a grande
- 200 gramas de carne moída
- Temperos (sal, alho, cebola, cebolinha e pimenta) a gosto
Modo de Preparo:
- Lave e corte os frutos no sentido do comprimento. Retire as sementes e as partes internas.
- Prepare a carne moída, refogando com os temperos que preferir.
- Recheie os frutos com a carne moída.
- Leve ao forno médio por 15 a 20 minutos.
Pronto! Uma refeição que une sabor e história, perfeita para compartilhar com a família.
Um Alimento Milenar: História e Cultura
O maxixe-do-reino tem uma longa história de domesticação, comprovada por representações em cerâmicas antigas do povo Moche, uma civilização pré-incaica do Norte do Peru.
Essa planta se dispersou pelas Américas do Sul e Central ainda em período pré-colombiano e é conhecida como a “planta dos pobres” em algumas partes dos Andes, onde seu parente selvagem, Cyclanthera explodens, cresce em altitudes de até 2600 m.
Importância Comercial
Hoje, o maxixe-do-reino tem um valor comercial significativo no Peru e na Colômbia, e também há relatos de cultivo na Europa e na Ásia.
Essa planta, que era considerada alimento dos camponeses, agora ganha destaque nas mesas de várias partes do mundo.
Aventura na Cozinha e na Natureza
Explorar o maxixe-do-reino é uma verdadeira aventura, seja no cultivo, na colheita ou na cozinha.
É uma planta que nos conecta com a história e a biodiversidade das Américas, e nos convida a experimentar novos sabores e tradições.
Maxixe-do-Reino em Destaque: Estudo e Valorização
O maxixe-do-reino está sendo investigado no projeto “Avaliação Agronômica, Caracterização Nutricional e Estudo da Vida Útil de Hortaliças Não Convencionais” da Embrapa Hortaliças.
Esse projeto tem um objetivo nobre: tornar acessíveis às informações sobre essas espécies incríveis, incentivando a produção, o consumo e a comercialização.
Mas o maxixe-do-reino não está sozinho nessa jornada!
Outras hortaliças também estão sendo analisadas, como o almeirão-de-árvore, amaranto, anredera, azedinha, beldroega, bertalha, capuchinha, cará-do-ar, caruru, fisális, jambu, major-gomes, mangarito, muricato, ora-pro-nóbis, peixinho, serralha, taioba e vinagreira. Uau!
A ideia é explorar e valorizar essas plantas incríveis, que muitas vezes são esquecidas ou subestimadas.
Essas hortaliças têm um potencial enorme, não só para enriquecer nossa alimentação com novos sabores e nutrientes, mas também para promover a sustentabilidade e a biodiversidade.
Então, se prepare para embarcar nessa aventura e descobrir os segredos escondidos do maxixe-do-reino e de outras hortaliças não convencionais.
Afinal, quem disse que a cozinha não pode ser um lugar de grandes descobertas e aventuras?
Conclusão
O maxixe-do-reino é mais do que uma simples PANC; é um convite para uma jornada de descoberta e apreciação das riquezas naturais que muitas vezes passam despercebidas.
Incorporar essa planta em nossa dieta é uma forma de valorizar a biodiversidade e resgatar sabores ancestrais que enriquecem nossa culinária.
Então, que tal começar sua própria aventura com o maxixe-do-reino? Cultive, colha e saboreie essa planta incrível, e leve um pedaço da história e da natureza para a sua mesa.
Pronto para explorar mais sobre as PANCs e outras aventuras no mundo das plantas? Continue acompanhando o blog para descobrir mais tesouros escondidos da natureza!
Fonte: Embrapa
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Se liga, quando você conhece as Pancs, sua experiência alimentar muda. Seu cardápio muda junto e a natureza te dá tudo que você precisa para se alimentar em ambiente selvagem!
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